quinta-feira, 14 de março de 2013

SEM SALÁRIOS, SEM AULAS: GALILEO NÃO EXPLICOU AS RAZÕES QUE LEVARAM À TABELA PROPOSTA AOS DOCENTES


ATA DA ASSEMBLEIA DOS PROFESSORES DA UGF

DATA:13  DE MARÇO DE 2013
LOCAL: PRÉDIO MR, AUDITÓRIO A, 8º ANDAR, CAMPUS PIEDADE

A Assembleia foi iniciada às 18h30. Estavam presentes a direção da ADGF, do Sinpro-RJ e mais que 300 participantes dentre os quais 256 professores, representação dos docentes do Colégio Gama Filho e de discentes da UGF e da UC. A Asssembleia tinha como pauta a avaliação da proposta que fora enviada pela Galileo. Considerando que a proposta anterior era de pagamento de 50% dos salários entre janeiro e julho de 2013, com recomposição dos mesmos, ou seja, integralidade e 50% entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014, com o ressarcimento das férias de 2011 e 2012 propostas para o segundo semestre de 2013, o cumprimento da lei quanto ao 13º e as férias de 2013, a qual fora rejeitada pela assembleia. Considerando que o pleito dos docentes da UGF é o pagamento da integralidade dos salários devidos de janeiro e fevereiro de 2013, para que possa haver negociação dos demais pagamentos de salários, férias atrasadas e 13º - não obstante a continuidade de negociações para que sejam saldadas as demais pendências com os docentes, a saber, parcela atrasada do 13º de 2009, recomposição de depósitos não realizados do FGTS e INSS, dentre outras. Considerando que a Direção Executiva da Galileo se reuniu por três dias, inclusive o final de semana, para elaborar a nova proposta, a qual se encontra disponibilizada no blog da ADGF e foi lida anteriormente pelos docentes. Havia a avaliação generalizada que a proposta em apreço deteriorava a anterior, uma vez que postergava ainda mais as datas de recebimentos dos salários devidos e dividia em dois grupos de recebedores o conjunto dos docentes. Ainda assim, a Direção Executiva da Galileo ficara de enviar representante da mesma à assembleia para explicar aos docentes as razões para a elaboração da tabela, com o fito de negociar sua aceitação. A Assembleia foi, então, organizada em três momentos, entre 18h30 e 19h informes gerais, entre 19h e 20h apreciação das explicações da Galileo, entre 20h e 21h deliberações e encaminhamentos. Desde a tarde estava agendada a presença da direção da Galileo, foi informado, pela Direção da Galileo, que às 19h, um seu diretor, Dr. Marcelo Guimarães, se apresentaria à assembleia para oferecer as razões pelas quais tal proposta era arrolada. Foi, mais uma vez, indicado à Direção Executiva da Galileo que, para poder haver confiança dos docentes na Mantenedora, as razões que levaram a construção de tal proposta precisavam ser explicitadas, bem como as razões que viessem a assegurar sua exiquibilidade. Iniciada a assembleia foram apreciados os seguintes fatos: (a) Repercussão da greve na mídia, que tem mostrado que além da comunidade acadêmica é do interesse da sociedade carioca, fluminense e nacional a sobrevivência da Gama Filho e o respeito aos direitos dos docentes e discentes; (b) gestão do Sinpro-Rio, Sinmed e dos discentes, em Brasília, para que o MEC se aproprie dessa situação e encaminhe soluções devidas, podendo ser, até mesmo, um ato de intervenção gerencial para assegurar a prestação dos serviços educacionais, ora paralisados por incapacidade da gestora em prover os salários dos docentes, bem como dos funcionários, que até a data de ontem estavam com os salários de fevereiro em atraso. Dado que às 19h30 o Dr. Marcelo Guimarães ainda não chegara, a assembleia deliberou por reverter a pauta e encerrar a mesma às 20h. Com a chegada do Dr. Marcelo às 19h40, a assembleia gentilmente fez nova reversão de pauta e horário para ouvi-lo, uma vez que haveria explicações a serem oferecidas. Foi decidido pela assembleia que se encerrariam as inscrições de oradores e que os oradores inscritos concluiriam suas falas antes da exposição do Dr, Marcelo Guimarães, por respeito à composição da mesma. Após quatro dos cinco inscritos, pois um retirou seu direito de palavra em favor do relato explicativo que seria oferecido pelo Dr. Marcelo Guimarães, o orador iniciou sua exposição não pela tabela e explicações sobre a mesma, como esperavam os docentes, mas com a indicação que era professor da UCAM, que se atrasara por motivos letivos, que na UCAM participara de negociações com a reitoria daquela instituição para reaver salários não pagos e que considerava, na UCAM, a existência de propostas de pagamentos parciais de salários uma luz no fim do túnel. Obviamente, tal relato causou consternação e repulsa na audiência. Em seguida, foi solicitado ao diretor da Galileo que fosse apresentada a tabela, suas motivações, enfim as explicações que os docentes aguardavam. Desafortunadamente, Dr. Marcelo Guimarães, errava datas e composição da tabela, então se solicitou que ele apenas indicasse o espírito que orientou a elaboração da tabela, uma vez que a mesma já era de conhecimento dos docentes, e ele afirmou que o espírito era a vontade de pagar os salários, que a Galileo não tinha condições de honrar o pagamento de outro modo, porque nos três dias ele, reunido com o Dr. Alex Porto Farias e o diretor de finanças – Prof. Samuel Dionizio, verificando as planilhas da instituição e o fluxo de recebíveis como mensalidades, viam como única alternativa para a Galileo aquela forma de pagamentos. Foi, então, aberta à assembleia a palavra para que fossem solicitados esclarecimentos. Os esclarecimentos solicitados receberam a mesma resposta do diretor da Galileo: - “Não sei nada porque não sou gestor”. As explicações solicitadas foram: - Se o novo controlador adquiriu a Galileo, que administra a UGF e a UC, não sabia ele quando da aquisição do passivo existente, e nem, ao saber, efetuou plano de negócios que incluísse a manutenção de custos fixos, para funcionamento dos serviços educacionais, tais quais, salários de funcionários e docentes?; - Dado haver recebimentos de mensalidades e matrículas, desde dezembro de 2012, que constituiriam, minimamente, 30 milhões de reais, porque os custos fixos não eram contemplados devidamente?;  - Dada a proposta apresentada, fruto de análise e revisão da proposta anterior, que deveria ser aperfeiçoada, quais razões para a indicação, que deteriora o modelo anterior, com retardamento de datas de pagamento de dívidas e divisão em duas categorias de recebentes? – Se o saldo das dívidas do ano ficará no segundo semestre, quando há efetivamente menor ingresso de discentes, quais são os fundos que a Galileo possui para sanar a situação e saldar tais pagamentos, e se existem tais fundos, porque não são usados imediatamente? Infelizmente, nenhuma explicação foi oferecida à comunidade acadêmica. A comunidade acadêmica presente à assembleia entendeu como ato de zombaria o atraso, a desconfiguração do papel de gestor e a ausência absoluta de explicações. Ainda assim, gentilmente foi solicitado ao Dr. Marcelo Guimarães que se ausentasse da assembleia para que as deliberações pudessem ser encaminhadas. A assembleia deliberou que:
(I)             rejeita esta proposta da Galileo, exposta no Blog aos 13 de março de 2013;
(II)            Fica mantida a greve, uma vez que a Galileo não apresentou proposta satisfatória para o pagamento dos salários em atraso de janeiro e fevereiro de 2013, chegando já a meados de março, podendo levar a situação a um atraso maior de três meses de salários de docentes – e mantendo já o atraso de um mês de salários dos funcionários, também sem o pagamento do vale-transporte dos mesmos;
(III)           Permanece interposta à gestora a exigência de elaboração de proposta adequada para o pagamento dos salários atrasados, bem como a reivindicação de constituição de comissão mista, de docentes, Reitoria e Direção Executiva da Galileo para apreciação do fluxo de recebimentos e direcionamento para pagamentos de custos fixos, dentre os quais os salários de funcionários e docentes
(IV)          Haverá gestão para que sejam movidas ações judiciais coletivas cabíveis contra a Galileo Educacional, por meio da assessoria jurídica do Sinpro-RIO;
(V)           Fica convocada assembleia dos docentes para terça-feira, 19 de março, 18h, no campus Piedade, na qual, mantida as condições atuais de ausência de soluções, será apreciada a constituição de uma campanha pela intervenção do MEC.

Diretoria da ADGF

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Primeiramente gostaria de parabenizar todos os presentes à assembleia e em particular a conduta dos alunos e da mesa diretora.
    A Galileo realmente enviou um representante fidedigno aos seus princípios, o Sr. Marcelo Guimarães, pois:
    a) Este Senhor chegou atrasado à reunião, demonstrando fidedignamente o DESCOMPROMISSO com prazos;
    b) Este Senhor não sabia responder pergunta alguma sobre a situação financeira da instituição a qual se diz diretor, demonstrado fidedignamente o DESCOMPROMISSO com a administração;
    c) Este Senhor gastou a maior parte do seu tempo contando “historinhas’ sobre sua pessoa ao invés de tratar objetivamente o tema pelo qual se propusera a falar, demonstrado fidedignamente o uso de DISCURSO EVASIVO e EMBROMADOR;
    d) Este Senhor não teve a menor competência para representar uma Instituição ao qual se diz diretor, demonstrando fidedignamente a DESQUALIFICAÇÃO do quadro de diretores da GALILEO, tomado como exemplo do Sr. Cantieri.

    Finalmente colegas, vamos nos manter unidos para dar um BASTA nesta forma de administrar que assombra a nossa Instituição.

    Só voltaremos mediante o depósito INTEGRAL dos salários em nossas contas. Não podemos mais acreditar em promessas.

    ResponderExcluir
  3. Caros professores, queiram também trabalhar !
    Exigem respeito da Galileo mas não possuem esse mesmo respeito para com os alunos que verdadeiramente querem estudar !
    Se a situação é ruim para vocês, também está ruim para nós. Mudei de longe para realizar meu sonho de cursar medicina, chego aqui e encontro essa palhaçada bilateral !
    Mais respeito, por favor.

    ResponderExcluir
  4. Praticamente, o aluno ectobruto é um entre os três que postam essa contrariedade com a greve! Nós docentes reconhecemos, repetimos, que a greve pode levar à necessidade de revisão do calendário acadêmico. Ato que a Reitoria, repetimos, decidiu realizar nesse caso. Aos estudantes, estará assegurada a realização plena do semestre letivo. Este é compromisso dos docentes. Já, a Mantenedora, Galileo Educacional, precisa mostrar que tem o mesmo compromisso. Como? Pagando os salários atrasados de janeiro e fevereiro de 2013, indicando porque quer o empréstimo dos docentes e como o usará, oferecendo garantias para os pagamentos que promete no segundo semestre, aceitando a conformação de uma comissão mista de acompanhamento dos fluxos financeiros para os devidos pagamentos compromissados ocorrerem. Alunos, não foram os docentes que criaram condições de desconfiança. Vejam como foi a participação do representante da Galileo na Assembleia. Será que eles querem mesmo a solidariedade e cooperação dos docentes? Se querem, nós também queremos, porém precisamos de ações que mostrem isso e elas já estão indicadas.

    ResponderExcluir